sexta-feira, 23 de outubro de 2009




Pessoas são como brinquedos, já vêm de fábrica cheios de defeitos, não existe troca nem devolução, muito menos um manual com instrução, sua única garantia vem do olhar.
Pareço ser indigno desse olhar... pareço ser indigno de mostrar os dentes para o ar, um medo que sempre tive, uma ânsia insecável que me mantém de cabeça baixa.
E enquanto meus braços não são capazes de te alcançar, contento-me com a certeza de que estamos sob o mesmo céu, e com a chance de estares olhando para a mesma estrela que eu.
Eu sou o vermelho na rosa, as flores sobre os cobertores no chão do seu quarto.
E eu sou o cinza no fantasma que se esconde com suas roupas atrás de sua porta do armário.
Eu sou o verde da grama que se inclina para trás debaixo de seus pés.
Eu sou o azul em sua opinião,no beco onde o horizonte e os telhados tentam encobrir, Eu sou o negro no livro as letras nas páginas que você memoriza.
Eu sou tudo a sua volta só você que não nota.

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